Era uma vez João e Maria, filhos de um pobre lenhador e de uma madrasta muito má. O pai não os podia sustentar e a madrasta detestava-os. Pressionado pela pobreza e pela maldade da mulher, o lenhador resolveu, um dia, tomar as duas crianças pelas mãos e abandoná-las no meio de uma densa floresta.
Mas o Joãozinho, esperto como era, marcou o caminho com pequenas pedras e assim os meninos acharam facilmente o caminho de volta a casa. Mas na vez seguinte, o pai tomou outro caminho e evitou que o filho marcasse o caminho com pedrinhas. Maria estava aflita mas João sossegou-a, confessando que estava a deixar migalhas de pão ao longo do trajecto. No entanto, os pardais comeram as migalhas e os meninos ficaram sozinhos e perdidos no meio do desconhecido.
Alguns dias depois os irmãos avistaram um pássaro branco que os guiou até uma grande clareira. Esfomeados e assustados, foi com enorme alívio e excitação que avistaram uma deliciosa casinha de chocolate.
Começavam a depenicar timidamente as esquinas da casa quando de dentro desta saiu uma velhinha de aspecto carinhoso que os convidou gentilmente para entrar. Em breve João e Maria perceberam que as aparências iludem. A velha era afinal uma bruxa que fazia, como engodo, casinhas de chocolate para atrair crianças que depois engordava e comia.
Mas os dois irmãos, unidos, não desistiram: à medida que iam crescendo, iam percebendo como se livrar da bruxa má. Conseguiram finalmente fugir com os tesouros escondidos da bruxa e encontraram rapidamente o caminho de casa. A madrasta tinha morrido e o pai lenhador, só e arrependido, ficou muito contente de os ver de novo. Com as riquezas trazidas da casa da bruxa viveram prósperos e felizes para sempre.
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